Conjunto de nove obras recentes – sendo seis pinturas de grandes formatos e três trabalhos em papel – criadas entre 2017 e 2019 compõem a exposição “Museu”, do artista carioca Daniel Senise, que está em cartaz em Porto Alegre, no Instituto Ling, até 13 de julho.
As criações de Senise são monotipias que retratam salões de importantes museus ao redor do mundo, como a National Gallery (Londres), a Frick Collection (Nova Iorque), o Rijksmuseum (Amsterdã) e o Museu Nacional de Belas Artes (RJ) , e aquarelas que reproduzem a padronagem dos pisos de madeira de instituições culturais, como o Museu de Arte Antiga de Lisboa.
Ao longo dos seus mais de 30 anos de atividade trabalhando nos limites da figuração na pintura, Daniel Senise é considerado um dos maiores expoentes da chamada “Geração 80” e se afirma como um nome importante na cena internacional contemporânea. Para a curadora Daniela Name, nessa exposição Senise reinveste na questão fundamental de sua obra: a ênfase no ausente.
As telas representam os espaços vazios dos museus, vestígios e fragmentos que evocam a memória desses locais. “O conjunto de obras reunidas evidencia como a imagem latente, ela que não está, atinge uma força radical ao ser sequestrada dos espaços arquitetônicos e simbólicos que foram concebidos para guardá-las. Ela é talvez mais presente em sua ausência do que seria em sua representação”, afirma Daniela, no texto curatorial.
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