As impressões de Iberê Camargo sobre o Parque da Redenção são tema de uma exposição que abriu no sábado na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Composta por desenhos, pinturas e gravuras, a mostra “Iberê Camargo: visões da Redenção” reúne trabalhos da década de 1980, quando, após 40 anos vivendo no Rio de Janeiro, o artista retornou à capital e passou a frequentar o parque.
Nas caminhadas ao lado da esposa Maria Coussirat Camargo, Iberê observava a paisagem e o ir e vir dos frequentadores do parque, entre eles artistas, ciclistas e pessoas em situação de vulnerabilidade. Anônimos que eram retratados posteriormente em suas obras.
“Iberê expressava as formas da natureza e da condição humana, ‘atingidas pela vida’, por meio de árvores fantasmagóricas e de personagens que habitavam a cena, sem rumo. Suas anotações que, à primeira vista, aparentavam ser simples registros da vida cotidiana, ganharam um significado maior, transformando-se em matéria-prima para algumas das obras mais famosas do artista, como a série ciclistas”, informa o texto de divulgação da exposição. A mostra segue em cartaz até o dia 21 de abril.