Bienal de Arquitetura de Veneza: galeria Etel Milano foi selecionada

Etel na Bienal de Veneza (foto Divulgação)
Etel na Bienal de Veneza (foto Divulgação)

O projeto da galeria ETEL Milano, desenvolvido em 2017 pelo escritório italiano de arquitetura Studio SUPERLUNA, foi selecionado pela curadoria da Casa Platform como um dos “Best Italian Interior Design Selection” para compor a exposição principal que ocorre durante Bienal de Arquitetura de Veneza 2021, entre 22 de maio e 21 de novembro. Sediada em um edifício histórico de 1535, a mostra ficará exposta durante os três primeiros meses da Bienal na Scuola Grande dela Misericordia, em Veneza.

Reconhecida internacionalmente como interlocutora do Design Brasileiro no mundo, a ETEL integra a mostra principal do evento com o ambicioso projeto de sua sede em Milão, localizada na Via Pietro Maroncelli, especientro do Maroncelli District – região conhecida pela efervescência e revolução urbanística que trouxe grandes impactos para a cidade. Cercada por galerias de arte, design e antiquários italianos, a ETEL ocupa um edifício histórico de 150m2 e o projeto tem características marcantes da bossa brasileira incorporadas à arquitetura milanesa.

Com espaço amplo e marcado pela iluminação natural, a galeria está dividida entre dois pavimentos – o segundo preserva o revestimento original do teto. O ponto de partida do SUPERLUNA para criação do projeto foi pensar na madeira como coração da ETEL. O Biombo Esteira, de Etel Carmona, designer fundadora, aparece como uma grande instalação no centro da galeria. As formas orgânicas remetem a um tronco de uma árvore que contorna a escada que dá acesso ao segundo pavimento. No segundo andar, é possível entender o processo produtivo do Biombo, que é feito a partir da união de dezenas de ripas de madeira – característica que permite a maleabilidade da peça.

Sobre ETEL
Um século de mobiliário brasileiro forma a Coleção Design. Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Uma produção caracterizada pelo fazer artesanal e uso de matérias-primas preciosas, criada por arquitetos e artistas empenhados em evidenciar a cultura local sob influência das vanguardas internacionais. O resgate é baseado em metodologia rigorosa, fidelidade aos originais e intenso diálogo com institutos e famílias que representam obras. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos, entre eles Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.

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