Loft lembra integração de ambientes, materiais inpirados em propostas industriais e gosto requintado de usuários com perfil diferenciado. Neste projeto em São Paulo não faltou nem um pilar arredondado para contribuir com mais um elemento para confirmar a referência. Depois de viver em Barcelona, na Espanha, e também nos Estados Unidos, o jovem morador queria importar um pouco da atmosfera desses lugares para a sua morada paulistana. Entrou em cena o arquiteto Pietro Terlizzi, do escritório Pietro Terlizzi Arquitetura, que projetou a reforma e a consequente proposta de interiores.
Naturalmente a mudança começou por derrubar a compartimentação da planta original. Havia ambientes pequenos em relação à sacada. Para reformatar a área social do apartamento de 76 metros quadrados, foram integrados estar e sacada. O fechamento em vidro da fachada resultou em uma abertura de 12 metros para o céu de São Paulo. Para isso, foi necessário fazer uma mudança radical na disposição dos ambientes, trocando os espaços da cozinha e da lavanderia para a antiga posição do lavabo.
– A partir da planta original e sem muitas opções, conseguimos transformar o imóvel para ambientes com super flexibilidade de ideias de layout, iluminação e situações – resume Pietro.
O fechamento de vidro permitiu a entrada de iluminação natural em abundância, dispensando o uso de luz artificial praticamente durante todo o dia. Claro que o projeto previu para o apartamento um projeto luminotécnico para criar cenas diferentes para os momentos de vida do morador.
Como revestimentos, o assoalho de madeira cumaru cobre toda a área social combinado, nas paredes, superficie ora com aparência de tijolos, ora com textura de concreto, elemento que reforça a inspiração nos lofts nova-iorquinos.
Para desfrutar do espaço, equipamentos de home theater proporcionam sonorização de cinema em aparelho de TV de 75 polegadas com imagem de alta resolução, claro. Para relembrar do mundo, os nichos de um móvel de madeira acolhem objetos de viagem e peças que fazem parte da história pessoal do cliente.
Voltada para o estar, a cozinha social combina subway tiles brancos, inspirados nas estações de metrôs londrinas, e armários cinza com os azulejos com estampas geométricas em tons de azul na frente da bancada iluminada por três pendentes pretos. Dali é possível ter uma visão panorâmica do apartamento até o skyline acima da Avenida Faria Lima.
Perto do bar, formam o recanto de jantar mesa circular, cadeiras azuis e pendente com acabamento envelhecido.
Com a mudança do layout e derrubada de paredes, foi possível criar um home office, composto por uma bancada e nichos para organizars livros e uma impressora.
Na área íntima, o dormitório também teve intervenção no fechamento: recebeu uma janela acústica automatizada com veneziana móvel. Os mesmos materiais e a paleta de cores da área de convívio são identificados no quarto de madeira, tijolos e tons de cinza.
Pietro Terlizzi Arquitetura e Design
