Arquiteta cria escritório de advocacia com ambientes modulares, funcionais e sustentáveis

Duas salas de trabalho e uma sala de reunião se transformam em um ambiente único no projeto da arquiteta Paola Klein Scheidmandel, que possui escritório próprio em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul. Isso porque, ao invés de paredes, ela projetou portas de correr para separar os espaços e ampliar as possibilidades de uso.

O projeto envolveu a união de duas salas comerciais de um edifício para a criação de um escritório de advocacia com recepção, quatro salas de trabalho, espaço para reuniões, três lavabos e uma copa. “Tivemos que derrubar a parede que separava as salas e deixar um pilar de sustentação. Depois, fizemos as divisórias dos ambientes com gesso acartonado e revestimento acústico de lã de pet reciclado, um material tipo a lã de vidro, mas mais sustentável”, explica a arquiteta, especializada em sustentabilidade.

Com a união das duas salas, o projeto ficou com quatro banheiros, mais do que o necessário para o escritório. Por isso, Paola transformou um deles em uma copa. O projeto envolveu também a criação de duas entradas: a recepção para os clientes e um acesso para os advogados e funcionários.

No meio das duas salas principais, Paola criou uma sala de reuniões com portas de correr nas laterais que dão mais autonomia para os profissionais. Dessa forma, eles podem usar os espaços separados ou criar um ambiente único. “Fiz portas o mais discretas possíveis, que imitassem a parede”, afirma. Além disso, a arquiteta ressalta que todas as portas de correr usadas no projeto correm para dentro das paredes, o que melhora a estética e poupa espaço.

Quanto às cores, ela usou uma paleta com predominância dos tons de cinza e de madeira clara. “Trabalhamos em cima do tom das portas já existentes no prédio, que não seriam substituídas por ser mais econômico e sustentável, para criar uma conexão”, afirma Paola. Nas paredes, Paola também usou painéis ripados de madeira, como na recepção, e molduras boisserie, como na sala de reuniões, para criar volumetria nos espaços pintados da mesma cor. “No caso das molduras, elas também deixam o ambiente mais clássico e elegante. Usei essa referência clássica para quebrar um pouco das linha retas do ambiente contemporâneo “, informa a arquiteta.

Nos banheiros, Paola optou por ambientes quase minimalistas, onde o destaque são as cubas de granito esculpidas e os espelhos em toda a extensão da parede, escolha que dá mais amplitude para o ambiente, assim como os lustres de cristal. Assim como nos lavabos, a arquiteta colocou plantas em todos os ambientes, trabalhando com o design biofílico, linha da arquitetura que inclui mais verde nos espaços para melhorar o bem-estar das pessoas. “Pesquisas afirmam que ter plantas no ambiente de trabalho melhoram a produtividade, por isso trabalhamos com várias folhagens, dependendo do espaço”, relata.

Na copa, ela usou o mesmo granito que nos banheiros, criando uma unidade. Já o armário grafite foi projetado para aproveitar ao máximo o espaço, criando opções para armazenamento de louças, utensílios de cozinha e comida. O ponto de destaque do ambiente são os porcelanatos que imitam azulejos portugueses. “Eles são uma opção mais econômica e têm a mesma durabilidade ou até superior, dependendo da qualidade do porcelanato”, comenta Paola.

Nas salas principais, a arquiteta acrescentou um tom de verde claro na parede, aplicado em diagonal, formando um triângulo, também com objetivo de aumentar a produtividade. Nos espaços, há uma bancada para atendimento e uma mesa de trabalho, que fica em frente à parede. “Fiz esses móveis para que os advogados não precisem ficar colocando os notebooks de lado na hora de atender os clientes. Assim, eles podem trabalhar em uma mesa e atender em outra”, explica Paola.

Outro destaque é para o móvel multiuso que funciona como banco para leitura e descanso ou apoio para os arquivos. “O advogado pode dar uma pausa na rotina para ler e tomar um café no banco, que possui almofadas de futon, apreciando a vista da sala, que abrange todo o centro da cidade, ou usá-lo para deixar os processos em que está trabalhando empilhados”, conta. Depois, os processos podem ser arquivados nos gavetões projetados abaixo do banco. “Não queria projetar um móvel que servisse apenas como arquivo de processos, mas que tivesse vários usos”, acrescenta.

Na sala dos estagiários, a arquiteta focou no conforto e na ergonomia, apostando novamente no uso do verde na parede, aplicado geometricamente. No ambiente, mais um móvel foi projetado para arquivamento de processos, usando o mesmo grafite que nas outras salas e na copa.

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