Arquitetura indígena: conheça as ocas gigantes de Planalto, no Rio Grande do Sul

Foto: Marcelo Curia

Construídas para abrigarem o Museu do Índio, em Planalto, norte do Rio Grande do Sul, estruturas indígenas sofrem ação do tempo sem ocupação há quase duas décadas. Às margens da ERS-324, na aldeia de Pinhalzinho, as ocas gigantes que deveriam ser um centro turístico indígena podem ser reativadas neste ano. Construídas há 17 anos, as estruturas chamam a atenção tanto pela beleza arquitetônica como pelo descaso em relação à proposta original.

Foto: Lara Ely

Composta por cinco pequenas construções de alvenaria cobertas com capim, a aldeia fantasma pertence à reserva de Nonoai, onde a população indígena em 2010 era de 923 habitantes, conforme dados do IBGE. A previsão inicial era que o local hospedasse o Museu do Índio, sediando apresentações culturais e comércio de artesanato, mas a ideia não deslanchou. Universidades de Chapecó, Porto Alegre e Ijuí foram contatadas para viabilizar o funcionamento do centro cultural, mas a negociação não teve sucesso.

Em meados do último ano, um projeto focado ao turismo na região foi discutido por lideranças de Ametista do Sul, Planalto e representantes da comunidade. A proposta de restaurar as ocas levou o presidente do Centro Cultural Kaingang, Jairo de Paula, à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em dezembro do ano passado. Na ocasião, ele visitou deputados para solicitar apoio no restauro das estruturas.

Foto: Lara Ely

Segundo informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do RS, o projeto está orçado em R$ 180 mil e prevê a implantação de restaurante para o turismo gastronômico com degustação de comidas típicas indígenas, cercamento do complexo, trilhas, instalação de energia solar e lixo seletivo.

“Vamos acionar e trabalhar em cima dos departamentos, responsáveis pela manutenção das ocas gigantes”, afirma Jairo De Paula. Segundo ele, diversas organizações não-governamentais demonstraram interesse em reativar o local por meio de parcerias, mas, até o momento, não houve avanços.

 Foto: Marcelo Curia

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