Famoso mundialmente pela criação de peças lúdicas e coloridas, o arquiteto, designer e jornalista Alessandro Mendini morreu ontem, 18 de fevereiro, aos 87 anos, em Milão, na Itália, mesma cidade onde nasceu. Ícone dos estilos pós-moderno e do design radical, deixou como legado uma obra ampla, que inclui objetos, móveis, pinturas, esculturas, instalações e prédios.
O italiano também foi autor de diversos livros e artigos e trabalhou nas revistas Casabella, Modo e Domus, especializadas em arquitetura e design. Conforme a própria Domus, onde atuou como diretor duas vezes, “ele foi um dos protagonistas indiscutíveis do design italiano, um dos principais intelectuais e membro fundados do grupo Alchimia”.
Nascido em 1931, formou-se em arquitetura no Politecnico di Milano, em 1959. Ficou famoso pela criação da poltrona Proust e do Museu Groninger, na Holanda, considerado um dos mais surpreendentes edifícios pós-modernos do final do século XX. Colaborou com importantes marcas internacionais, como Cartier, Hermes, Swarovski e Supreme.
Entre as obras arquitetônicas do italiano, também se destaca-se a Torre Paradiso, construída em 1988, em Hiroshima, no Japão. Pela obra, Mendini recebeu o Prêmio Europeu de Arquitetura, em 2014. Na área acadêmica, foi um dos fundadores da Domus Academy, em 1982, uma escola privada de design em Milão, além de também ter lecionado da Universidade de Milão.
Entre os inúmeros prêmios que recebeu, foi reconhecido com dois Compasso d’Oro, em 1979 e 1981, um diploma honorário do Politécnico de Milão e foi nomeado “Chevalier des Arts et des Lettres”, na França. Até a sua morte, dirigiu o próprio estúdio, o Atelier Mendini, em Milão, ao lado do irmão Francesco Mendini.