Confira a programação da Fundação Iberê Camargo para este final de semana. Isso porque arquitetura é o tema das atividades em comemoração aos dez anos do edifício sede da Fundação, sábado, às 16h. RODA traz exibição do documentário Mestres em Obra e debate com a realizadora Marta Biavaschi, que fez o filme em 2008, e o engenheiro José Luiz Canal, que capitaneou a obra.
No percurso pela obra arquitetônica, em processo, o encontro entre dois artistas: o arquiteto Álvaro Siza – criador do projeto arquitetônico da Fundação – e o pintor Iberê Camargo. Para assistir ao trailer, acesse: https://vimeo.com/
Após a exibição, haverá debate entre a realizadora e José Luiz Canal, engenheiro que coordenou as obras de construção do edifício.
Marta Biavaschi é sócia da Surreal Filmes, onde desenvolve projetos de cinema, televisão e artes visuais. É também curadora do Cine Iberê, programa de cinema da Fundação Iberê Camargo.
José Luiz Canal é engenheiro civil formado pela UFRGS e Doutor em Arquitetura pela UPC Barcelona. Atuando como Project Manager, traz importantes projetos em sua carreira: esteve à frente de construções como a Fundação Iberê Camargo, Museu de Arte do Rio e Instituto Moreira Salles. Éprofessor associado da Faculdade de Arquitetura da UFRGS.
Já no domingo, dia 12, às 16h, o público terá uma nova oportunidade para assistir ao filme O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Weine, na Fundação Iberê Camargo. A sessão especial do Cine Iberê contará com trilha sonora executada ao vivo pelo músico Yanto Laitano, com entrada franca.
A exibição integra o programa Silêncio em Movimento – cinema mudo com música ao vivo, atividade cinematográfica que dialoga com a arquitetura e faz parte das comemorações aos dez anos do edifício sede da Fundação. O Cine Iberê tem a curadoria de Marta Biavaschi.
Realizado em 1920 e considerado o primeiro filme de terror da história do cinema, O Gabinete do Dr. Caligari é um dos filmes mais importantes da história do cinema mundial, precursor do movimento expressionista alemão. O diretor Robert Wiene (1873-1938) fez sua primeira investida no cinema em 1912, com seu roteiro para Die Waffen der Jugend e adaptou o romance Crime e Castigo, de Fiodor Dostoiévski (1923). Depois que Hitler tomou o poder na Alemanha, Robert Wiene deixou Berlim, primeiramente para Budapeste onde dirigiu One Night In Venice (1934), posteriormente para Londres e finalmente para Paris, onde tentou produzir junto de Jean Cocteau uma reprodução sonora de O Gabinete do Dr. Caligari. Wiene morreu em Paris dez dias antes do fim da produção de um filme de espiões, Ultimatum. O filme foi terminado por seu amigo Robert Siodmak.
Sinopse: o Dr. Caligari é um médico que viaja por feiras de aberrações com o sonâmbulo Cesare que, segundo ele, está há 23 anos dormindo. Sua próxima apresentação é numa pequena cidade na fronteira com a Holanda. Na primeira noite de sua exibição, Cesare é acordado por Caligari e faz uma previsão pessimista para um dos espectadores: ele morrerá naquela noite. Sua previsão acontece, e a morte do homem está relacionada a uma série de crimes de assassinato no local. Cesare e Caligari são considerados suspeitos. O resultado final é inesperado: os motivos pelos quais os acontecimentos sucederam-se formam um dos primeiros finais-surpresa do cinema, explicado através de flashbacks.
Yanto Laitano é pianista, compositor, cantor e produtor. Suas atividades artísticas abrangem a música erudita contemporânea, eletrônica, diversos gêneros da música popular, sobretudo o rock, música indígena e música para cena. É compositor de trilhas sonoras para audiovisuais e espetáculos de teatro, dança e circo, com prêmios no 27º Festival de Cinema de Gramado, Histórias Curtas (RBS, 2007) e Tibicuera (2015), pelo seu espetáculo Orquestra de Brinquedos, além de oito Açorianos de Música (seis por suas produções e dois individuais). Sua discografia inclui dois discos com o Ex-Machina, grupo de compositores de música experimental e o álbum conceitual Yantux, seu quinto disco, lançado em dezembro de 2017. Estudou no IRCAM – Institut de Recherches et Coordination Acoustique/Musique (França) e no Hungarofest, em Szombathely (Hungria). Possui composições apresentadas em dez países das Américas e da Europa e uma composição lançada pela revista Guitar Review, de Nova York, em 2006.
A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, B
Serviço
Fim de semana na Fundação Iberê Camargo – programação
Atenção! Em virtude da montagem das exposições Caixa Preta e Iberê Camargo: formas em movimento – que serão inauguradas no dia 18 de agosto – os andares expositivos estarão fechados para visitação neste fim de semana.
Sábado, 11 de agosto:
16h – RODA – exibição do documentário Mestres em Obra, de Marta Biavaschi (31min, Brasil, 2008) e debate com a cineasta Marta Biavaschi e o engenheiro José Luiz Canal
Domingo, 12 de agosto:
16h – Cine Iberê – Programa especial: cinema mudo com música ao vivo – O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Weine (51min, 1920, Alemanha) + música e performance ao vivo de Yanto Laitano. Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: 14 anos
Visitação: sábados e domingos, das 14h às 19h (último acesso às 18h45min). De quarta a domingo, a Fundação Iberê Camargo também atende a grupos agendados. Para fazer um agendamento, basta ligar para o Programa Educativo – 51 3247 8000
ENTRADA FRANCA
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000
Como chegar:
A Fundação Iberê dispõe de estacionamento pago, operado pela Safe Park.
As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como as linhas de ônibus Serraria 179 e Serraria 179.5. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do Barra Shopping Sul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.
Pedestres e Ciclistas: existe uma passagem para que pedestres e ciclistas possam atravessar a via em segurança. A passarela é acessada pelo portão de entrada do estacionamento. A Fundação também dispõe de um bicicletário, localizado nos fundos do prédio.
Site: www.iberecamargo.org.br
Fanpage: www.facebook.com/
Instagram: @ f_iberecamargo
Visita virtual Google Artes & Culture – https://goo.gl/wYr75v
Sobre a Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo é uma instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1995, a partir de um desejo do próprio artista e sua esposa, Maria Coussirat Camargo, e com o apoio de amigos e empresários de Porto Alegre.
Há 22 anos, a Fundação desenvolve ações culturais e educativas com a missão de preservar o acervo, promover o estudo, a divulgação da obra de Iberê Camargo e estimular a interação de seu público com arte, cultura e educação, por meio de programas interdisciplinares. Seu acervo é formado por um núcleo documental, composto de documentos e imagens relacionadas à vida e à obra do artista, e um núcleo com a coleção Maria Coussirat Camargo, que inclui pinturas, gravuras, guaches, desenhos e estudos de Iberê Camargo, obras que o casal acumulou durante a vida.
A sede da instituição, inaugurada em 2008, foi projetada pelo português Álvaro Siza, um dos arquitetos contemporâneos mais importantes do mundo. O projeto recebeu o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza (2002) e é mérito especial da Trienal de Design de Milão.
Referência arquitetônica na cidade de Porto Alegre, o prédio possui salas expositivas, átrio, reserva técnica, centro de documentação e pesquisa, ateliê de gravura, ateliê do educativo, auditório, loja, cafeteria, estacionamento e parque ambiental projetado pela Fundação Gaia.
Iberê Camargo
[Restinga Seca, 1914 – Porto Alegre, 1994] – Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20. Autor de uma extensa obra, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nunca se filiou a correntes ou movimentos, mas exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual brasileiro. Dentre as diferentes facetas de sua vasta produção, o artista desenvolveu as conhecidas séries Carretéis, Ciclistas e As idiotas, que marcaram sua trajetória. Grande parte de sua produção, estimada em mais de sete mil obras, compõe hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.