Quando um professor agenda uma aula no novo campus da Unisinos em Porto Alegre, essa informação vai para o sistema de automação, que automaticamente liga o ar condicionado e iluminação da sala no horário agendado, e depois desliga no horário do final da aula. Que tal?
Esse sistema evita o desperdício de energia, porque seria impossível controlar o complexo com mais de 20 mil metros quadrados manualmente. Há 2.500 itens envolvidos na automação, que supervisiona desde a temperatura do transformador de energia até o nível de reservatório de água e, claro, elevadores, sistema de incêndio, lojas, iluminação, climatização e alarmes.
Ao admirar o projeto arquitetônico do campus da Unisinos, obra da AT Arquitetura que marca a Avenida Nilo Peçanha, em Porto Alegre, não se imagina quantas questões técnicas fazem parte da estrutura invisível aos olhos leigos e quanto tempo foi necessário para concluir tudo. Entre o que não vemos, há 75 mil metros de cabos, 172 câmeras de vídeo, 81 pontos de medição de energia, controle de acesso para 60 mil usuários e automação de todas as salas de aulas.
Isso fez parte do trabalho da Squadra – Gestão de Riscos, que unificou todas as tecnologias para o novo campus e desde o suporte ao projeto arquitetônico houve a elaboração de projetos estratégicos e técnicos de segurança, gerenciamento e implantação de soluções em automação predial.
A primeira etapa do trabalho junto com equipes de arquitetos e engenheiros teve início em 2012 para definir todas as premissas relacionadas a segurança, conforme o diretor da Squadra, Leandro Longhi. Em conjunto com a equipe de projeto foram definidas as melhores formas no uso da edificação, como o tipo de fechamento das áreas de uso comum x controlado (por exemplo, a parte do shopping x prédio de ensino). Também foi resolvida a divisão do prédio de ensino, do estacionamento, do espaço Unisinos e da passarela que atravessa a Nilo Peçanha, além de outros itens, bem como a definição das salas técnicas, guaritas. O projeto, contratado pela própria universidade foi finalizado em 2013 mas, em 2016 a Squadra voltou a ser chamada, pela construtora responsável, a Engenhosul. O novo trabalho envolveu execução dos projetos segurança, automação predial e cabeamento estruturado da edificação.
