Pinturas de Mai-Britt Wolthers compõem individual no RJ

Obra de Mai-Britt-Wolthers na galeria carioca (Fotos Rafael Sali, Divulgação)
Obra de Mai-Britt-Wolthers na galeria carioca (Fotos Rafael Sali, Divulgação)

A Portas Vilaseca Galeria inaugurou a primeira exposição individual da artista visual MAI-BRITT WOLTHERS no seu espaço em Botafogo, no Rio de Janeiro. A COR DIVAGANTE tem a curadoria de Ligia Canongia e reúne cerca de 25 pinturas – muitas inéditas – que ocupam os três andares do edifício da galeria. A mostra segue em cartaz até 26 de agosto, com visitação gratuita de terça a sexta-feira (11h00 – 19h00), e aos sábados (11h00 – 17h00).

Na galeria Portas Vilaseca, obra de Mai-Britt Wolthers
Na galeria Portas Vilaseca, obra de Mai-Britt Wolthers

Mai-Britt Wolthers

Dinamarquesa radicada em São Paulo desde o final dos anos 80, Wolthers traz em sua pintura o legado moderno das formas puras, como visto em Arp, Miró e Matisse, além de retomar o cromatismo simples e afetuoso de Guignard e Volpi. Dessa tradição, a artista enuncia formas que se movem com fluidez entre abstração e representação, e que se pronunciam mais na sugestão do que na definição figurativa. Suas criações apostam num equilíbrio visual e misturam imaginação e real, experiência e racionalidade.

O que diz a curadora

A curadora Ligia Canongia comenta: A estrutura formal de sua pintura é divagante por natureza, um campo errático onde as figuras brotam por si mesmas e se espraiam na superfície, sem sentido prévio e sem narração. A familiaridade com o real pode aparecer numa determinada figura para logo ao lado sumir em outra ou simplesmente desaparecer por completo em toda a tela. Não se trata, por conseguinte, de representar a objetividade do mundo, mas de dar origem a uma realidade paralela, cuja existência pertence ao imaginário da artista, e que só vem à tona na superfície da pintura”.

As cores e formas de Mai-Britt-Wolthers
As cores e formas de Mai-Britt-Wolther

Paleta cromática

A artista raramente usa a cor que sai diretamente dos tubos de tinta, preferindo, ao invés, misturá-las e experimentá-las no exercício do próprio fazer, como se cada fragmento da superfície exigisse a sua própria cor, com valor singular e absoluta autonomia. A visão fragmentária e a imprecisão formal que se espraiam no espaço da pintura são operações originárias do efeito cromático de cada fragmento, são construções, a bem dizer, exclusivas da cor. 

Apesar de surgir como artista em plena década de 1980, que se caracterizou pelo retorno à pintura, Mai-Britt não compartilhou os modelos caudalosos da chamada transvanguarda, preferindo, ao invés, manter uma paleta delicada, fiel à sutileza de seus traços e à potência que vislumbrava no aspecto lúdico com que seus recortes e fragmentos “brincam” no espaço. 

Sua concepção espacial plena de acontecimentos fragmentários e repentinos, sua pincelada de pouca densidade e movimentos comedidos e suas superfícies planares e uniformes não têm, em absoluto, ligação com a gestualidade turbulenta dos anos 80, com aquela materialidade excessiva e os arroubos narrativos de sua figuração”.

Portas-Vilaseca-_-Mai-Britt-Wolthers-

SERVIÇO

O que: exposição A COR DIVAGANTE, de MAI-BRITT WOLTHERS
Curadoria: Ligia Canongia
Quando:  de 19 de julho a 26 de agosto de 2023
Onde: Portas Vilaseca Galeria – Rua Dona Mariana, 137 – casa 2 – Botafogo – 22280-020 Rio de Janeiro, RJ –

www.portasvilaseca.com.br

galeria@portasvilaseca.com.br


Horário de visitação: de 3ª a 6ª, das 11h às 19h; aos  sábados, das 11h às 17h

Quando: Entrada gratuita

Escrito por
Mais de Eleone Prestes

Pedra na web: #userochanatural passou de 900 posts

Imagine uma pedra atirada na água. Literalmente foram pedras que causaram um...
Leia Mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *