Um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX, o arquiteto e urbanista Lucio Costa (1902-1998) teve a autobiografia “Registro de uma vivência” reeditada em dezembro de 2018, com uma apresentação de Maria Elisa Costa, filha dele. Publicada originalmente em 1995 e reimpresso dois anos depois, o livro esgotou-se rapidamente e é hoje um item disputado. A obra traz textos críticos e memorialísticos, planos, projetos, fotografias e desenhos.
Costa formou-se pela Escola Nacional de Belas Artes, da qual mais tarde viria a ser diretor, promovendo uma profunda reforma no ensino de arquitetura. É um dos mais importantes profissionais da arquitetura moderna brasileira e teve atuação decisiva na Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1939, Lucio ficou em primeiro lugar no concurso da Feira Mundial de Nova York (foto acima*), na qual havia um pavilhão do Brasil.
Retrato de Lucio Costa por Juliana Sobral (Reprodução Edições Sesc SP)
Também foi coordenador da equipe que projetou, com a consultoria de Le Corbusier, o edifício do Ministério da Educação e Saúde (1945), hoje Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro. Em 1957, vence o concurso para o plano piloto de Brasília. Entre outros, assinou projetos arquitetônicos pioneiros como o Parque Guinle e planos urbanísticos como o da Barra da Tijuca, ambos no Rio de Janeiro. De 1937 a 1972, dirigiu a Divisão de Estudos e Tombamentos do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Detalhe do Plano Piloto de Brasília, do Acervo Lucio Costa (Reprodução Edições Sesc SP)
Editada pelas Edições Sesc São Paulo, a nova versão da autobiografia traz ainda um ensaio da crítica Sophia da Silva Telles, que procura decifrar o sentido da obra do arquiteto. Com 648 páginas, o livro pode ser adquirido na loja online da editora.
*Acervo Lucio Costa (Reprodução Edições Sesc SP)