Não são apenas livros técnicos que figuram na lista das obras sobre arquitetura mais vendidas em setembro. Segundo levantamento do site Estante Virtual, as reflexões sobre urbanismo, patrimônio e história têm atraído a atenção dos leitores.
Confira as 10 obras mais vendidas no último mês:
1) O Direito à Cidade, de Henri Lefebvre
As questões e reflexões urbanísticas saem dos círculos dos técnicos, dos especialistas, dos intelectuais que pretendem estar na vanguarda dos fatos. Passam para o domínio público através de artigos de jornais e de livros de alcance e ambição diferentes. Ao mesmo tempo, o urbanismo torna-se ideologia e prática. E, no entanto, as questões relativas à cidade e à realidade urbana não são plenamente conhecidas e reconhecidas: ainda não assumiram politicamente a importância e o significado que têm no pensamento e na prática. Este livro tem por objetivo fazer com que estes problemas entrem na consciência e nos programas políticos, além de propor que os pensamentos e as atividades que dizem respeito ao urbanismo passem pelo crivo da crítica.
2) Projetando Espaços Design de Interiores, de Miriam Gurgel
Projetar e apresentar soluções diferenciadas são os principais desafios desse livro de Miriam Gurgel. Esse manual, imprescindível para profissionais e alunos da área de design de interiores, apresenta de forma objetiva os conceitos e princípios básicos dessa área, e alia a exposição de informações técnicas e teóricas a aberturas criativas, que imprimem organicidade e consistência artística ao planejamento.
3) A Alegoria do Patrimônio, de Françoise Choay
Nem seu valor cognitivo e artístico, nem o fato de constituir uma atração em nossa sociedade de lazer o explicam satisfatoriamente. A busca de uma resposta que envolva de forma mais profunda o caráter dessa herança em sua relação com a história, a memória e o tempo, passa, para Françoise Choay, por uma volta às origens, uma arqueologia dos conceitos de monumento e de patrimônio histórico. Essa investigação, que abrange mais de cinco séculos, esclarece o atual culto do patrimônio e seus excessos, e investiga seus laços profundos com a crise da arquitetura e das cidades. Assim, valiosa e precária, nossa herança arquitetônica e urbana revela-se alegoricamente num duplo papel: espelho cuja contemplação narcisista mitiga nossas angústias, labirinto cujo percurso poderia nos reconciliar com esse apanágio do homem, hoje ameaçado: a competência de edificar.
4) Desenho Arquitetônico, de Gildo A. Montenegro
É um livro de consulta para desenhistas, técnicos de edificações, arquitetos e engenheiros. Ele mostra o uso dos instrumentos de desenho, convenções gráficas, normas técnicas, detalhes construtivos e Vocabulário Técnico, além de apresentar as medidas dos equipamentos usuais de uma habitação. É fartamente ilustrado e demonstra que um livro técnico não tem de ser chato: nele cabe também o humor, se o leitor tiver isto e imaginação.
5) Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger
O melhor caminho para explicar o que se tem a dizer é fazê-lo com base nas experiência prática: é esse o fio condutor deste livro, em que os elementos foram organizados de tal modo que, como um todo, oferecem algo semelhante a uma teoria. Seu objetivo é estimular os estudantes, despertando neles uma mentalidade arquitetônica que os capacite a fazer seu próprio trabalho.
6) Morte e Vida de Grandes Cidades, de Jane Jacobs
Com um texto muito envolvente, Jane Jacobs escreve sobre o que torna as ruas seguras ou inseguras, o que vem a ser um bairro e sua função dentro do complexo organismo que é a cidade, os motivos que fazem um bairro permanecer pobre enquanto outros se revitalizam, os perigos do excesso de dinheiro para a construção e sobre os perigos da escassez de diversidades. Compreensiva, humana e muitas vezes indignada, a monumental obra de Jane Jacobs fornece uma base para avaliarmos a vitalidade das cidades.
7) O Urbanismo, de Françoise Choay
Desde o final do século XX, o urbanismo tenta responder aos problemas levantados pela introdução maciça da máquina nos agrupamentos urbanos, tentando reorganizá-los através de modelos estabelecidos aprioristicamente, que ora privilegiam o rendimento (o modelo racionalista), ora a tradição, ora a reintegração da cidade ao campo. Utópicas, essas matrizes levaram a sucessivos fracassos – e, no entanto continuam a ser amplamente utilizadas. Revendo a obra de 37 autores, Choay busca um urbanismo menos teórico e mais humano.
8) Quadro da Arquitetura no Brasil, de Nestor Goulart Reis Filho
Numa linguagem mais simples e mais direta do que a usada em trabalhos técnicos de arquitetura, este volume atende aos interesses dos não especialistas e dos estudantes em geral, proporcionando uma abertura aos debates da cultura contemporânea, relacionando a arquitetura com as estruturas e as condições da evolução social e cultural do Brasil.
9) Manual de Conforto Térmico, de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Esta obra é um instrumento de trabalho fundamental para estudantes e profissionais ligados à área de construções, arquitetura e urbanismo. O autor procurou revelar aspectos tecnológicos do conforto térmico a um nível compatível com a prática de projetar.
10) O Museu Nacional de Belas Artes, do Banco Safra
Com uma coleção de cerca de 16 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) no Rio de Janeiro apresenta-se como o principal museu de arte brasileira, notadamente no que diz respeito à produção do século XIX. Criado por iniciativa do ministro Gustavo Capanema (1900-1985) em 1937, e inaugurado em 1938 pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954), o MNBA tem origem na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), antiga Academia Imperial de Belas Artes (Aiba).
Fontes: Estante Virtual, Livraria Saraiva e Enciclopédia Itaú Cultural